A poluição gerada pelo Brasil preocupa, o país passou a
poluir mais nos últimos anos pela queima de combustível fóssil (gasolina, óleo
diesel, gás natural e carvão mineral) que gera altos índices de poluição
atmosférica, que antes era atribuída em grande parte ao desmatamento e as
emissões industriais. A poluição é um mal cada vez mais presente nas grandes
cidades, principalmente nas que contém grandes frotas de veículos e indústrias
incansáveis como São Paulo.
O desmatamento da Amazônia pode ter diminuído nos últimos
anos, mas a frota de veículos só cresce, resultado dos incentivos do governo,
como por exemplo a redução do IPI. Não é mais tão incomum encontrar uma casa
com mais de dois carros na garagem.
Os carros e caminhões passaram de “coadjuvantes” á
“protagonistas” desta história. Se levarmos em consideração o nível de consciência
de quem utiliza diariamente carros e caminhões estaremos perdidos, o rodízio já
não basta para o trânsito ou para a poluição.
Nem mesmo a lei que determina que
caminhões utilizem o ARLA32 (Aditivo que transforma o nitrogênio emitido em
nitrogênio e água e elimina grande parte da poluição provida do escapamento dos
caminhões) vem sendo respeitada. São usados 5L de ARLA32 para cada 100L de Diesel,
e o seu custo varia de estado para estado e de comércio para comércio chegando
de R$ 40,00 a R$ 100,00 por embalagens de 10 ou 20 litros fazendo assim com que
os caminhoneiros burlem a lei utilizando Água no lugar do aditivo ou um chip que
engana o sistema criado pelos fabricantes que consiste na redução da potência
do motor se o caminhão não for abastecido com o ARLA, este chip é ilegalmente
comercializado em algumas partes do país, com um preço que varia de R$ 2.000 a
R$ 3.000.
“Veículos diesel pesados
representam menos de 10% da frota, mas eles, no seu conjunto, emitem 50% da
poluição. Portanto, se eu tiver veículos diesel que emitam menos, eu resolvo a
poluição do Brasil pela metade. Taí um bom negócio”, avalia Paulo Saldiva,
professor de medicina da USP em entrevista exibida no Fantástico. A poluição atmosférica está associada não só aos efeitos climáticos mas a
diversas doenças respiratórias além de infarto do miocárdio e câncer de pulmão.
Na capital são
mais de 190 mil caminhões, grande parte desses caminhões vem de outras cidades
e só passam por São Paulo, jogando aquela fumaça preta que vai direto para o
pulmão. Especialistas afirmam que os caminhões tendem a soltar mais fumaça na
primeira partida do dia, daí em diante tendem a soltar menos fumaça, mas sendo
ela escurecida não é normal. A fiscalização destes veículos fica por conta da
inspeção veicular.