Uma grande fraude tornou-se o principal assunto a ser comentado pelo setor automotivo e industrial na última semana. Uma das maiores empresas do setor, a Volkswagen admitiu ter fraudado mais de 11 milhões de veículos.
A empresa alemã, admitiu ter
usado um software para fraudar testes que detectavam a emissão de gases
poluentes em seus veículos movidos à diesel, o assunto veio à tona através do
governo dos Estados Unidos, que, por meio da EPA (Agência Ambiental Americana)
denunciou que pelo menos 500 mil veículos haviam sido fraudados no país. A
própria empresa, no entanto, admitiu que o software havia sido implantado em 11
milhões de carros que circulam no mundo todo, em modelos de várias marcas que
pertencem ao grupo.
O reflexo deste acontecimento vai
além da renúncia do até então presidente mundial da Volks, Martin Winterkorn,
que aconteceu no dia 23 deste mês e da queda de quase 20% no valor das ações da
empresa no pregão da bolsa de valores do dia 21/09. O que está em jogo pode
mudar a realidade de uma empresa que era vista com bons olhos por muitos
consumidores, a marca passa a ser a principal prejudicada.
A reputação de uma empresa é algo
que demora muito a ser construída, existe muito trabalho de comunicação,
marketing e valores que a empresa quer passar para o seu consumidor, porém,
qualquer má pratica pode colocar todo este trabalho em risco e manchar a
reputação de uma empresa por muito tempo ou quem sabe, para sempre.
O que fica desta experiência para
a montadora alemã é o prejuízo de mais de 6 bilhões no reparo dos automóveis
fraudados, uma reputação manchada, a queda nas ações, a renúncia do presidente
e a vergonha de agir contra uma causa de importância mundial como é
considerada o controle da emissão dos gases poluentes.